Duas empresas se uniram para criar um novo tipo de seguro de vida, voltado não para a família do segurado, mas sim para o animal de estimação.
Funciona assim: a pessoa contrata o seguro de vida e paga um valor determinado por mês para assegurar que, no caso de sua morte, seu cachorro ou gato terá cuidado e conforto garantidos.
O custo médio é de cerca de R$ 60 por mês e varia de acordo com a idade do dono e do animal.
Não há prazo de carência, ou seja, o cliente não precisa ter pago o seguro por um determinado período para que o pet tinha direito ao benefício. Por outro lado, o consumidor precisa preencher uma declaração de saúde –de modo que uma pessoa com doença terminal, por exemplo, não será aceita pela seguradora.
O produto foi lançado em abril e é vendido pela seguradora Yasuda Marítima, em parceria com a Pet Assist, especializada na assistência a cães e gatos.
Novo Lar
No caso do falecimento do dono, a Pet Assist se compromete buscar o animal (o serviço se estende a todas as cidades do país) e transportá-lo até o ”Lar Animal”, um sítio em São José dos Campos (SP).
No local, o pet tem acesso a serviços como cuidador, passeador e veterinário, além de ter contato com outros animais.
Segundo a empresa, é feito um levantamento da rotina que o bicho tinha em sua antiga casa para tentar manter atividades semelhantes, buscando reduzir o impacto da mudança repentina e facilitar sua adaptação.
O pet é mantido com seus objetos preferidos, como brinquedos, cama e bolinha, para facilitar a identificação com o novo ambiente e aumentar o bem estar do animal. Pelos mesmos motivos, o pet será alimentado com a mesma ração que estava acostumado.
A ideia é que o animal more ali até o fim de sua vida. A empresa diz que não deve promover campanhas de adoção porque seu compromisso firmado com o cliente é de manter a qualidade de vida do pet até o fim de sua vida e, em um processo de adoção, não seria possível garantir isso.
O local comporta entre 50 e 100 animais, dependendo do tamanho, e a empresa diz que já tem um plano de expansão para construir um novo local quando for necessário.
Como controlar?
Se o dono morrer, como vai saber que o bicho está recebendo os cuidados?
“Primeiramente, existe um contrato que garante isso. Também estamos instalando câmeras para que algum familiar do dono, após seu falecimento, possa acompanhar o animal via web. Além disso, o local está sempre aberto a visitações, com agendamento e hora marcada”, diz Samy Hazan, diretor da área de Seguros de Pessoas da Yasuda Marítima.
A empresa explica que as câmeras ainda não foram instaladas porque não há animais vivendo no local no momento, e que a previsão de chegada deles é de seis meses após o início das vendas do seguro, segundo cálculos estatísticos.
Segundo ele, antes de contratar o seguro, o próprio dono pode visitar o local para se certificar das condições oferecidas.
Produto surgiu após pesquisa de mercado
A ideia do seguro partiu da Pet Assist: por meio de uma pesquisa com donos de animais de estimação, a empresa percebeu a existência de um nicho de consumidores que não têm com quem deixar o cachorro ou gato em caso de falecimento.
Por isso, a morte do dono é um dos motivos que faz crescer o índice de abandono de animais.
Segundo a pesquisa de mercado feita pelas empresas, o principal público desse tipo de seguro são mulheres a partir de 40 anos e com renda maior que R$ 4.000 por mês.
Veja a matéria completa no no site do UOL
https://petmoney.blogosfera.uol.com.br/2015/05/08/grupo-cria-seguro-de-vida-diferente-cuida-do-pet-em-caso-de-morte-do-dono/